Diário de Bordo em 18 de junho de 2009
Projeto: "2011 - Rumo ao Pólo Sul"
Meu projeto já começou. Ontem a noite fui comer uma pizza com o Fábio Reis e com o Rafael Caldeira. Depois de algum tempo tentando nos encontrar, haja a vista a agenda concorridíssima do Rafão, que vive viajando por esse mundo a fora (acabou de voltar de Angola) pudemos falar sobre assuntos realmente importantes: navegação!
O Rafão já foi com o Oleg Belov, Sophi (esposa do Oleg), mais um passageiro (que não me lembro o nome) com o Kotic (veleiro que o próprio Oleg construiu) para o Pólo Sul e aproveitei a oportunidade para pesquisar sobre o assunto. Vimos as fotos dele no veleiro, nas malvinas, na Penísula Antártida e por ai afora.
Tem uma foto em especial que o Greenpeace ia amar. Ele abraçado com um pinguim com cara de poucos amigos, como se fosse um bebezinho. Poxa, em minha inocência diante do assunto perguntei como ele conseguiu aquela foto, se o bicho é doméstico e etc. Não, correu que nem um tarado atrás do dito cujo pelas pradarias geladas. E o animal não desistiu fácil, tentou bicá-lo de todas as formas, mas protegido pelas grossas luvas, ganhou a briga. De qualquer forma, o animal ganhou uma bela demonstração de carinho do Rafão, que após a foto soltou o bichinho inteirinho, são e salvo.
Rafão, as fotos são inspiradoras e motivadoras.
Bom, meu projeto tem como escopo uma viagem de expedição para o Pólo Sul para marcar minha passagem para a reserva (aposentadoria). Um marco depois de 30 longos anos de trabalho, mas também para poder deixar um marco para meus filhos e principalmente meus netos (que virão um dia - sem pressa alguma viu rapaziada!). Vai ser legal nos almoços de família os pequenininhos e pequenininhas ficarem pedindo para eu contar as (hi)estórias de minha expedição para a Antartida.
Ha ha ha...já fico imaginando eles (netinhos e netinhas) fazendo planos para irem também...quanta dor de cabeça para os meninos...
Vô é para isso mesmo...dificultar...hahahahaha
Bom, voltemos ao projeto.
Me aposento em maio de 2012, mas a contar de dezembro de 2011 paro as minhas atividades profissionais, ficando apenas com a Origem. A viagem tem que ocorrer no verão polar, que é entre os meses de dezembro e março.
Assim toda programação e planejamento deverá ocorrer de agora até o final de 2011, para a viagem ocorrer provavelmente em janeiro de 2012. Por isso estou colocando o nome do projeto de "2011 - Rumo ao Pólo Sul", por que tudo ocorrerá com maior intensidade no ano de 2011.
A viagem deverá ser uma expedição, com algum objetivo e não apenas um passeio por lá, pois isso poderia ser feita em algum quebra-gelo russo que faz turismo desde a Argentina ou Chile.
O Kotic fica atracado no Uruguai, onde Oleg mora com a esposa Sophi (não sei se escreve assim). De lá ele sai para as viagens que podem passar pelas Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul, Ilhas Deception, Elephant e outras, indo onde ninguém costuma ir. Visitas as casas de sobrevivência inglesas que são mantidas por lá totalmente equipadas pelo exército inglês desde a época de amarrar cachorro com linguiça. Vc pode se utilizar do que quiser de lá. Tem mantimentos, gerador, que propicia luz, banho quente, livros para ler e em troca os que passam por lá deixam sempre alguma coisa para um próximo necessitado, como livros por exemplo.
Não há mais nada a se fazer por lá que alguém já não tenha feito, quer seja a chegada ao Pólo Sul, a atravessia do continente gelado, tentada pela primeira vez pelo explorador inglês Sir Ernest Henry Shackleton, com o ainda mais famoso veleiro ENDURANCE, mas sem sucesso e etc.
Nem ser o primeiro brasileiro a fazer isso, pois outros mais corajosos já o fizeram também. Mas serei o primeiro de minha família e talvés da Corporação a qual pertenço, que tenha ido para lá para um expedição e não um simples passeio.
A previsão dessa viagem será de 30 a 40 dias.
Dentro de minha preparação, já estou lendo o livro "Código da Vela" do Professor Fábio Reis, meu amigo e orientador, com quem ontem dividia uma bela pizza marguerita. Esse livro é um manual para quem nunca navegou à veleiro (eu!) não passe tanta vergonha assim. Mostra por capítulos, que ele os chama de "códigos", tudo sobre velejar. Fantástico até para quem já veleja. Vale a pena comprar para tê-lo em sua embarcação, qualquer que seja ela. O meu irá para a cabeceira do camarote do Capitão da Odyssey.
Bom, já é tarde e vou dormir um pouco para, ao menos em sonho, já navegar por aquelas águas. assim...
Boa navegação à todos!
Capitão Amador Gutemberg
Comandante da embarcação Odyssey
quinta-feira, 18 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Dia dos Namorados
Diário de Bordo em 12 de junho de 2009
Dia dos Namorados.
Fomos para o barco dia 11 de junho e acabamos indo apenas eu e a Rita, por que os meninos ficaram em outras atividades.
O tempo não ajudou muito na quinta, sexta e sábado, mas no domingo compensou. Apesar do frio e da chuva fina, foi bom (sempre é) podermos ficar no barco.
Nossa atividade se resumiu a comer, assitir um pouco de TV (acabei vendo até o tal de de "A Fazenda"..o negócio é insano) e dormir...
No domingo acabamos saindo de barco e fomos até a Praia Branca e de lá seguimops até a enseada de Indaiá. Tomamos um pouco de sol por lá e finalmente retornamos para a marina.
Foi muito bom e isso aprimora meu gosto por navegar no frio. É diferente! E estou gostando disso...e também faz parte de minha preparação para minha expedição ao Pólo Sul...
Projeto "2011 - Rumo ao pólo Sul"
Vamos falando sobre isso aos poucos, e até lá...
Boa navegação à todos!
Capitão Amador Gutemberg
Comandante da embarcação Rei dos Reis
Dia dos Namorados.
Fomos para o barco dia 11 de junho e acabamos indo apenas eu e a Rita, por que os meninos ficaram em outras atividades.
O tempo não ajudou muito na quinta, sexta e sábado, mas no domingo compensou. Apesar do frio e da chuva fina, foi bom (sempre é) podermos ficar no barco.
Nossa atividade se resumiu a comer, assitir um pouco de TV (acabei vendo até o tal de de "A Fazenda"..o negócio é insano) e dormir...
No domingo acabamos saindo de barco e fomos até a Praia Branca e de lá seguimops até a enseada de Indaiá. Tomamos um pouco de sol por lá e finalmente retornamos para a marina.
Foi muito bom e isso aprimora meu gosto por navegar no frio. É diferente! E estou gostando disso...e também faz parte de minha preparação para minha expedição ao Pólo Sul...
Projeto "2011 - Rumo ao pólo Sul"
Vamos falando sobre isso aos poucos, e até lá...
Boa navegação à todos!
Capitão Amador Gutemberg
Comandante da embarcação Rei dos Reis
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Revista Náutica
Diário de Bordo em 05 de junho de 2009
Lembrei-me de um fato.
A revista Náutica deste mês, em sua área editorial, traz uma matéria de seu editor, que nem me lembro o nome, falando sobre o emprego dos termos náuticos e de tradição marinheira. Na verdade ele está criticando seu uso, dizendo que não vê necessidade de usá-los.
Ao invés de Boreste, por que não direita, ao invés de popa, atrás (ou trás), cabo por corda, adernar por tombarou inclinar, calado por profundidade. Enfim...tudo para facilitar...o quê???
Veja, já fiquei admirado de ver que um editor de uma revista que se chama Náutica, quer abolir os termos próprios do mar (ele ainda diz que usá-los faz parte daqueles que tem o mar como profissão e que são obrigados a ali estar e não a lazer...) para os marinheiros amadores.
Veja você que disparate. Creio que seria interessante à esse Senhor (nunca um cavaleiro) procurar ser editor quem sabe de um gibi infantil.
O emprego dos termos náuticos no meio amador é uma deferência às tradições marinheiras de séculos. Isso é que torna interessante essa prática. Isso é que estimula e diferencia essa de outras práticas.
Linguajares característicos existem em todas as profissões e áreas. Veja no futebol: dar um voleio (invés de ginga), um chapéu (ao invés de jogar a bola por sobre o oponente), drible (ao invés de passar pelo oponente), carrinho (jogada perigosa onde um adversário escorrega com os pés à frente para tirar a bola do outro), cabeçada (ao invés de jogar a bola com a cabeça), corner ou escanteio (ao invés de canto).
Quando começamos a nos familiarizar com os termos do Mar, nos sentimos envolvidos pela atividade e incluídos nela. É fantástico para os amantes do Mar, saber diferenciar, sem a obrigação daqueles que estão ali por obrigação, o significado de cada termo e responder a altura. Faz parte do meio. Quem não quer saber ou falar sobre isso, não deve se envolver com isso.
Imagina em um veleiro oceânico o Capitão ter que dar suas ordens em linguagem coloquial.
"Sobe essa vela maior...não a outra...maior...puxa essa m.. logo!!! pega aquela corda vermelha e passa no pino de trava ali....enrola nessa roldana essa corda e enrola...abaixa tudo por que o vento vem vindo da esquerda, quase que de trás...vira só um pouquinho para a esquerda..
Bom, dá para imaginar o que aconteceria, não. Apesar que as vezes ouvimos alguns inciantes tendo alguma dificuldade com os termos. Isso é certo. Mas faz parte do processo de aceitação, do batismo, da iniciação dele. Ele também terá um prazer inenarravel quando ouvir e for ouvido.
Sr Editor, ao acaso já ouviu seu filho falando em linguajar de esqueitistas: sk8! Já viu como eles se sentem incluídos...
Em sua própria profissão, me parece que foca não é exatamente um ser marinho, não é????
Meu espanto e indignação é o fato de ser o editor de uma prestigiada revista da área.
Pensei em escrever para a revista, mas ainda não me decidi a respeito disso, mas também não desisti.
Acabei de escrever lá! Dei um tempinho aqui fui lá e mandei braasa, Deixei meus protestos registrados.
No mais...
Boa navegação à todos!
Capitão Amador Gutemberg
Comandante da embarcação Rei dos Reis
Lembrei-me de um fato.
A revista Náutica deste mês, em sua área editorial, traz uma matéria de seu editor, que nem me lembro o nome, falando sobre o emprego dos termos náuticos e de tradição marinheira. Na verdade ele está criticando seu uso, dizendo que não vê necessidade de usá-los.
Ao invés de Boreste, por que não direita, ao invés de popa, atrás (ou trás), cabo por corda, adernar por tombarou inclinar, calado por profundidade. Enfim...tudo para facilitar...o quê???
Veja, já fiquei admirado de ver que um editor de uma revista que se chama Náutica, quer abolir os termos próprios do mar (ele ainda diz que usá-los faz parte daqueles que tem o mar como profissão e que são obrigados a ali estar e não a lazer...) para os marinheiros amadores.
Veja você que disparate. Creio que seria interessante à esse Senhor (nunca um cavaleiro) procurar ser editor quem sabe de um gibi infantil.
O emprego dos termos náuticos no meio amador é uma deferência às tradições marinheiras de séculos. Isso é que torna interessante essa prática. Isso é que estimula e diferencia essa de outras práticas.
Linguajares característicos existem em todas as profissões e áreas. Veja no futebol: dar um voleio (invés de ginga), um chapéu (ao invés de jogar a bola por sobre o oponente), drible (ao invés de passar pelo oponente), carrinho (jogada perigosa onde um adversário escorrega com os pés à frente para tirar a bola do outro), cabeçada (ao invés de jogar a bola com a cabeça), corner ou escanteio (ao invés de canto).
Quando começamos a nos familiarizar com os termos do Mar, nos sentimos envolvidos pela atividade e incluídos nela. É fantástico para os amantes do Mar, saber diferenciar, sem a obrigação daqueles que estão ali por obrigação, o significado de cada termo e responder a altura. Faz parte do meio. Quem não quer saber ou falar sobre isso, não deve se envolver com isso.
Imagina em um veleiro oceânico o Capitão ter que dar suas ordens em linguagem coloquial.
"Sobe essa vela maior...não a outra...maior...puxa essa m.. logo!!! pega aquela corda vermelha e passa no pino de trava ali....enrola nessa roldana essa corda e enrola...abaixa tudo por que o vento vem vindo da esquerda, quase que de trás...vira só um pouquinho para a esquerda..
Bom, dá para imaginar o que aconteceria, não. Apesar que as vezes ouvimos alguns inciantes tendo alguma dificuldade com os termos. Isso é certo. Mas faz parte do processo de aceitação, do batismo, da iniciação dele. Ele também terá um prazer inenarravel quando ouvir e for ouvido.
Sr Editor, ao acaso já ouviu seu filho falando em linguajar de esqueitistas: sk8! Já viu como eles se sentem incluídos...
Em sua própria profissão, me parece que foca não é exatamente um ser marinho, não é????
Meu espanto e indignação é o fato de ser o editor de uma prestigiada revista da área.
Pensei em escrever para a revista, mas ainda não me decidi a respeito disso, mas também não desisti.
Acabei de escrever lá! Dei um tempinho aqui fui lá e mandei braasa, Deixei meus protestos registrados.
No mais...
Boa navegação à todos!
Capitão Amador Gutemberg
Comandante da embarcação Rei dos Reis
Orçamento das rabetas da Carbras Mar
Diário de Bordo em 05 de junho de 2009
Pois é, acabei de receber o orçamento das rabetas da Rei dos Reis. Lá vai Barão (e como) de novo!! Mas vai ficar nova again.
O mais importante foi descobrir o motivo do problema, uma vez que os motores e rabetas tinham sido totalmente reformados a um ano. O grande problema é que os motores (MWM Sprint 260 HP) ficaram muito fortes para a rabeta e portanto terei que usar menas força (de motores) nelas. Mas também é um exagero. Ela vai a 32 nós brincando. A embarcação chega a adernar. Se fosse sistema "pé de galinha" provavelmente iria poder competir com as offshores de plantão.
O Capitão Vavá está reformando os paineiros da praça de popa, por que além de muita força, o motor ficou um pouco barulhento, pois não fiz nenhuma alterção estrutural com a mudança dos motores. Ele está isolando acusticamente o paiol (ou casa) dos motores.
Em meus planos, que tenho um carinho especial por essa Carbras Mar, estão incluídos a colocação de teka em algumas partes e a melhoria e/ou troca dos comandos, por novos, para evitar travamentos e desconfortos.
Agora com o Alex, ela está sendo melhor cuidada. Faz falta ter um marinheiro dedicado para a embarcação. A Odyssey está um brinco. Outro dia no restaurante da Marina Guarujá, vi um casal admirando seu costado. O marido entrou e como só estavamos nós (eu, Rita, Vô, Bigão e Monica) no restaurante, ele veio me elogiar o barco. Fui com ele até lá e mostrei o interior.
Conclusão: ele perguntou se queria vender a embarcação. Resposta: Não, claro!
O Alex pegou o bote inflável da Rei dos Reis e deu um trato geral que ficou igual novo. Incrível o cuidado. lavou com gasolina e sabão em pó. Como não explodiu, funcionou! A lona ficou cinza e o casco branquinho. Agora trouxe o banquinho que estava estragado para reforma-lo. Vou mandar encapar novamente e talvez bordar o nome ODYSSEY. Vai ficar chique!
Bom, creio que na semana que vem vou descer novamente.
Ah! meu pai adorou o barco. Até subiu no Fly e navegou comigo lá de cima.
Em breve vou comentar meu plano de viajar para a Antártida...até lá!
Boa navegação à todos!
Capitão Amador Gutemberg
Comandante da embarcação Rei dos Reis
Pois é, acabei de receber o orçamento das rabetas da Rei dos Reis. Lá vai Barão (e como) de novo!! Mas vai ficar nova again.
O mais importante foi descobrir o motivo do problema, uma vez que os motores e rabetas tinham sido totalmente reformados a um ano. O grande problema é que os motores (MWM Sprint 260 HP) ficaram muito fortes para a rabeta e portanto terei que usar menas força (de motores) nelas. Mas também é um exagero. Ela vai a 32 nós brincando. A embarcação chega a adernar. Se fosse sistema "pé de galinha" provavelmente iria poder competir com as offshores de plantão.
O Capitão Vavá está reformando os paineiros da praça de popa, por que além de muita força, o motor ficou um pouco barulhento, pois não fiz nenhuma alterção estrutural com a mudança dos motores. Ele está isolando acusticamente o paiol (ou casa) dos motores.
Em meus planos, que tenho um carinho especial por essa Carbras Mar, estão incluídos a colocação de teka em algumas partes e a melhoria e/ou troca dos comandos, por novos, para evitar travamentos e desconfortos.
Agora com o Alex, ela está sendo melhor cuidada. Faz falta ter um marinheiro dedicado para a embarcação. A Odyssey está um brinco. Outro dia no restaurante da Marina Guarujá, vi um casal admirando seu costado. O marido entrou e como só estavamos nós (eu, Rita, Vô, Bigão e Monica) no restaurante, ele veio me elogiar o barco. Fui com ele até lá e mostrei o interior.
Conclusão: ele perguntou se queria vender a embarcação. Resposta: Não, claro!
O Alex pegou o bote inflável da Rei dos Reis e deu um trato geral que ficou igual novo. Incrível o cuidado. lavou com gasolina e sabão em pó. Como não explodiu, funcionou! A lona ficou cinza e o casco branquinho. Agora trouxe o banquinho que estava estragado para reforma-lo. Vou mandar encapar novamente e talvez bordar o nome ODYSSEY. Vai ficar chique!
Bom, creio que na semana que vem vou descer novamente.
Ah! meu pai adorou o barco. Até subiu no Fly e navegou comigo lá de cima.
Em breve vou comentar meu plano de viajar para a Antártida...até lá!
Boa navegação à todos!
Capitão Amador Gutemberg
Comandante da embarcação Rei dos Reis
Assinar:
Postagens (Atom)