sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Diário de Bordo - 07Ago08

Diário de Bordo - 07 de agosto de 2008



Incrível, mas é verdade! Quando o Fábio Reis (grande Professor das ciências náuticas e responsável por boa parte desses grandes aventureiros que singram os mares do mundo, como Amyr Klink e sua esposa, Jack, Cmt do Trawler Jade, e tantos outros. Um dia me junto à essa turma...) me falou eu não acreditei. Muito perto de Campinas há um estaleiro! Pensei: mareou de vez.



Pois é, sexta-feira, dia 25 de julho, fomos conhecer o estaleiro do Flávio Antônio Rodrigues, ou simplesmente Flávio. O estaleiro se chama FLAB - www.flab.com.br e conta com uma equipe de profissionais muito curiosa. São todos mudos... não de verdade, ou seja não que sejam mudos de nascença ou por alguma razão outra.



O estaleiro do Flávio parece um convento. Um silêncio só! Cada profissional compenetrado em sua tarefa, todo mundo trabalhando como verdadeiros artesãos. Sou Administrador por formação e fiquei imaginando se nos idos da era moderna, quando a indústria estava em sua fase artesanal, os mestres-artesãos eram como eles...



De qualquer forma, pude ver com meus próprios olhos. Estava ali, no meio de uma região rural da cidade vizinha de Hortolândia/SP, um estaleiro. Flávio, uma pergunta: você tem idéia da distância que estamos do mar mais próximo???



Quando vi o trawler Curruíra 42" que estão construindo, me lembrei da passagem bíblica de Noé e sua arca. Noé demorou 100 anos construindo uma arca de proporções gigantescas longe a beça do mar. Imagina as pessoas naquela região seca vendo aquele homem na faina diária de construir uma arca! Só pela fé em Deus.



Do lado de fora do enorme galpão onde estão trawlers, veleiros e outros seres marinhos, havia uma verdadeira fila de animais esperando para entrar na "arca". Eram galos e galinhas, patos, bois e vacas... e o Flávio, entre outras especialidades náuticas, cuida de tudo isso. Sabe o que cada um faz. Só faltou os nomes, se é que não tem!



O fato é que quase babei quando vi o trawler. Comecei a perguntar tanta coisa que até engasguei! O Flávio é de fato um artista. Ele e sua equipe, claro. Ficava ali conversando comigo e com o Fábio e de repente saia, falava algo baixinho com um dos artesãos e voltava. Eu rapidinho olhava o resultado de sua intervenção e percebia o pessoal mexendo nisso ou naquilo outro. Que visão. Como dizem: o boi só engorda aos olhos do dono.



Bom, não tenho nenhuma foto para postar aqui mas não precisa. E só entrar na página que está ai para cima e ver as coisas que ele faz. A começar pela roda de leme de madeira que está no site. Ele que fez. Artista!



Ver uma embarcação sendo construída da gosto. A madeira sendo recoberta pela fibra. Os detalhes dos encaixes. O negócio é fascinante.



Não é a toa que o Fábio se orgulha em dizer que o Flávio é um grande amigo de muitos anos. Até eu, que o recém conheci, já estou orgulhoso de conhecer alguém com esse dom.



Flávio parabéns! Quem sabe um dia não saia pelo mundo a fora numa de suas embarcações. Sonhar é o primeiro passo para se conquistar.



Quem puder e se interessar, faça contato com o Flávio e agende uma visita. Vale a pena. Ah, ia me esquecendo. Não esqueça de pedir para ele "passar" um cafezinho. É fantástico também.



Boa navegação a todos.



Capitão Amador Gutemberg
Comandante da embarcação Rei dos Reis

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Diário de Bordo - 02 de julho de 2008

Diário de Bordo - 02 de agosto de 2008 - Dia dos Bombeiros



Sábado, dia dois de agostso fomos até a MArina para verificar como havia ficado o serviço mecânico recomendado ao Adailton e Ricardo (mais conhecido por Chicletinho).


Se não se lembram, havíamos (Rita, Ricardo e Eu) ido até a Ilhabela para o encontro de casais na casa do Edson, em São Sebastião. O barco "fumou" muito, por isso pedi para que fosse verificado o que teria ocorrido.


Na avaliação dos dois marinheiros, o problema estava nos filtros Racor e interno. Foi feita a substituição e íamos fazer o teste.



Convidei dois amigos para irem até lá, mas dado compromissos pessoais acabou não dando certo. De fato o tempo não estava muito bom. Ventava um pouco o que faz levantar ondas. O canal de Bertioga estava tranquilo.



Estávamos a Rita, o Gutinho, o Caio e eu, além claro do Chicletinho (rs). Saímos pelo Canal e nos aventuramos do lado de fora dele. Fomos em direção a enseada do Indaiá e passamos ao largo da Ponta da Enseada, dando a volta na Ilha Monte Paschoal e retornamos à segurança do Canal de Bertioga. O mar estava mexido. Vento de Sudeste.



Como teste, vimos que a fumaça de fato qause sumiu...motor diesel tem esse problema: quanto menos se usa mais problema dá. A regra é usar!


A Rita sentiu cheiro de diesel e eu insiti que era impressão sua, haja vista que como foram substituídos os filtros (que aliás estavam péssimos) poderia ter caído combustível no porão e restado algum vestígio. Ricardo me garantiu que havia limpado tudo...então nos resta investigar o cheiro.




Pelo canal acabamos indo até o restaurante Ácgua Verde almoçar e depois retornamos a Marina. Em nossa inspeção, constatamos que um dos bicos do motor de Bb estava vasando. Ponto para o olfato da Rita.





Aliás, ponto para Rita pela reportagem fotográfica que fez. depois de tanta insistência para ela filmar e fotografar nossos passeios, ela decidiu corresponder. Todas as fotas dessa postagem foram feitas por ela. Parabéns!



É fato. Preciso fazer um curso de mecânica Diesel. Faz parte da vida de quem quer viver no mar (pelo menos uma parte de sua vida).






A todos boa navegação!


Capitão Amador Gutemberg
Comandante da embarcação Rei dos Reis